terça-feira, 28 de março de 2017

Não ao "calei-me"....

   O poema abaixo é do pastor luterano alemão Martin Niemöller sobre o nazismo.

   O que mais impressiona, é o quanto ele é atual em relação ao que vemos no Brasil destes (nem todos) tristes dias.






     "Quando os nazistas levaram os comunistas, calei-me porque, afinal, eu não era comunista.


      Quando prenderam os social-democratas, calei-me porque, afinal, eu não era social-democrata.


      Quando levaram os sindicalistas eu não protestei porque, afinal, eu não era sindicalista.


      Quando levaram os judeus eu não protestei porque, afinal, eu não era judeu.


      Quando me levaram, não havia mais quem protestasse"





quinta-feira, 20 de março de 2014

Esses Russos......

   Com a chuva de notícias sobre as "terríveis" atitudes da Rússia comandada por um ex-KGB, fiquei um pouco tentado a efetuar uma análise beeem rasteira sobre o que ocorre na Criméia.

   Vamos aos dados (fatos ou suposições):

   A Criméia fazia parte da Rússia, até que um sr. chamado Nikita S. Khrushchov resolveu passar para a Ucrânia {(deve ser num ataque de caridade) - Suposição}!

   Existia uma base nesta mesma Criméia, com aproximadamente uns 25-30 mil soldados Russos desde a época dos Czares {(não houve invasão) - Fato}!

   O "ocidente" reagiu com sanções contra o "agressor" {(Quá, quá, quá) - Fato}!

   O problema, é que a União Européia tem 30% de sua energia gerada por insumos vindos da.......Rússia (Fato).

   Outro problema é que a Rússia é o segundo maior credor dos EEUU (o primeiro é a China....), e caso "resolva" despejar no mercados os títulos da dívida, pode jogar o Tio Sam em uma fria {(beeeeemm gelada) - Fato}!

   Outro (grande) problema é que este mesmo "agressor" possui 13.000 bombas atômicas (fato) {(Extra-oficialmente umas 19.000) - Suposição}!

    Mas tenho absoluta certeza que não é por causa dos gasodutos, petróleo e por bases estratégicas que o "ocidente" tomou estas "corajosas" atitudes (Suposição)!!!!

    Aguardemos os próximos capítulos!!!!!


   Quem viver verá!!!! Saravá!!!!!!

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Estados, Modelos e Ideologia

   Na economia existem quatro modelos. Estes modelos, conhecidos como modelo-padrão ou paradigma, surgiram como maneiras de gerir os recursos e necessidades a partir de ideais em uma sociedade.

Descritos de modo simplificado, seguem abaixo, pela ordem em que surgiram para o mundo:


   Clássico:


   No modelo Clássico, sua ideologia determina que o estado tem função básica, é responsável por gerir e regular estas mesmas funções, existe, é soberano e há identidade nacional!
   A sociedade, como força de trabalho, tende para a especialização de produto ou serviço especifico dado a natureza desta mesma sociedade / estado, buscando em outras sociedades / estados, os demais produtos para o seu consumo.
   O produto e serviço tem caráter subjetivo, ou seja, um produto ou serviço, tem valor a partir do gosto ou uso do mesmo, não havendo estas condições, o produto ou serviço não tem valor.

   Os representantes deste modelo são: Adam Smith e David Ricardo.



    Marxista:

   No modelo Marxista, sua ideologia determina que o estado controla e regula todo modo de produção, existe, é soberano e há identidade nacional!
   A sociedade, como força de trabalho, divide e recebe de maneira igualitária o produto e serviço do trabalho, sendo o mesmo especializado e generalizado, não existindo qualquer distinção, buscando ou enviando, caso necessário, produtos diversos para sua ou outra sociedade / estado.
   O produto tem caráter objetivo, ou seja, um produto ou serviço tem sempre valor independente do gosto ou uso, pois alguém trabalhou para que ele existisse.

   O representante deste modelo é Karl Marx.



    Keynesiano:

   No modelo Keynesiano, sua ideologia determina que o estado tem função principal no controle e regulação da economia, existe, é soberano e há identidade nacional!
   A sociedade, como força de trabalho, tem produtos e serviços diversos, de modo especializado e generalizado, buscando e enviando para outras sociedades / estados, os diversos produtos.
   O produto e serviço, como no modelo Clássco, tem caráter subjetivo, ou seja, tem valor a partir do gosto ou uso do mesmo, não havendo estas condições, o produto ou serviço também não tem valor.

   O representante deste modelo é John M. Keynes.



   Neo-Clássico:

   No modelo Neo-Clássico, sua ideologia determina que o estado pode existir, mas com função mínima, não havendo qualquer regulação ou controle pelo mesmo, pois o mercado é auto-regulado, sendo desejável não haver soberania e identidade nacional.
   Este é o único modelo que nega a existência de ideologia.
   A sociedade, como força de trabalho, assim como no modelo Clássico, tende para a especialização de produto ou serviço especifico dado a natureza desta mesma sociedade / estado, buscando em outras sociedades / estados, os demais produtos para o seu consumo.
   O produto e serviço, também como nos modelos Clássico e Keynesiano, tem caráter subjetivo, ou seja, um produto ou serviço, tem valor a partir do gosto ou uso do mesmo, não havendo estas condições, o produto ou serviço não tem valor.

   Os principais representantes deste modelo são: Jevons, Walras, Pareto, Marshall e Fisher.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Suicídio coletivo!


   Nestes tempos de crise, vejo o enorme absurdo que vem acontecendo no velho continente.

   Atropelados pelo mundo financeiro, os países do Euro, liderados pela Alemanha, caminham firmemente para o atoleiro!!

   O engraçado (na realidade, trágico), é que o maior mercado de exportação desta mesma Alemanha é a própria zona do Euro.

   A Grécia, lidera o suicídio, cortando direitos e benefícios da sua população, chamando de "austeridade" e agravando mais e mais a terrível situação herdada de governos malucos (ficaria polido dizer que são irresponsáveis, mas não seria correto) anteriores. O absurdo continua com a Espanha, Portugal e agora, a Inglaterra na mesma loucura financista.

   Lembro de um filme que mostra um dilema diferente, mas que demonstra bem o que ocorre no velho mundo hoje:

   O filme mostra a cena em que há uma conversa entre dois generais, de um país em guerra, debatendo sobre a tática ideal para defender um fiorde, e que o primeiro diz que a tática é um agrupamento de forças mais recuadas e o segundo diz que ela deve ser espalhada e mais próxima.

   Finda a discussão, um não concordando com a tática do outro, o primeiro general diz que aquele debate permanecerá acadêmico, pois a tática que será utilizada já foi decidida.

   O segundo general fica estarrecido em saber que o estado maior já havia decidido à revelia, e que o primeiro diz que aquela tática é absurda e inócua, e o segundo, concordando com as afirmações questiona o primeiro se ele não havia tentado argumentar que desta maneira seriam derrotados.

   O primeiro disse que já tentou diversas vezes, e que não tentaria mais. O segundo perguntou:  "Porque?" O primeiro respondeu: "Quando você tenta diversas vezes salvar alguem que alegremente tenta o suicídio, você se cansa, se afasta e passa a observar de longe."

   O trato do problema parece como o caso relatado, em que o FMI e outros asseclas após arrebentar com diversos países "periféricos", está aplicando a mesma overdose de veneno no velho mundo.

   Diversos alertaram sobre os danos, mas é aquela conversa de um mudo para um surdo.

   No teatro do absurdo, somente os bancos, falando como domadores e agindo como carrascos, jogam a população (sem qualquer escrúpulo de como deve ser tratado todo ser humano) num rio cheio de crocodilos famintos, como carne de 5ª com osso, jurando que alí está a bóia da salvação!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Decisão política

     Muito é falado hoje pelos "jornalistas especializados" que o problema da economia é a política. Que as decisões econômicas deveriam seguir critérios "técnicos", e que os governantes que não seguem estas "regras" são populistas.

     O problema são os "jornalistas especializados" entenderem claramente de política, porque nada entendem de economia.

     Estes ditos "especializados" defendem a sua idéia política de como deve ser e funcionar o estado, muitas vezes, afinados com as idéias de seus respectivos patrões.

     Ao contrário do que possa parecer ou que digam, estas "idéias" estão ancoradas em sólida ideologia, conhecida como Neo-Liberal. Falando em "economês", esta ideologia é conhecida no meio econômico como paradigma Neo-Liberal.

     Este paradigma ou modelo, defende que o estado deve ser mínimo (preferencialmente inexistente), e a iniciativa privada deve gerir todos os recursos e meios, e o mercado não deve ter quaisquer regulações, pois o mesmo é autorregulável.

     Para os defensores deste modelo, nada mais correto! Para os defensores de outros modelos, nada mais absurdo! E para a população, especialmente os mais desprovidos, desesperador!

     Vamos deixar bem claro para que não existam quaisquer dúvidas:

     TODA DECISÃO ECONÔMICA DEPENDE DE DECISÃO POLÍTICA!!!

     E quando há uma política de estado, em que os mais desprovidos são os mais punidos (a colocação da palavra está correta), e os mais abastados são presenteados (a colocação da palavra também está correta), esta política de estado deve ser substituída ou eliminada!

     Todos os países em que a qualidade de vida é superior, a distribuição da riqueza é bem equilibrada entre todos os setores da população.

     Estes mesmos países, possuem instituições fortes, com elevada participação popular, e com grande gama de políticas sociais. Mesmo com estas políticas, seus governantes não são chamados de "populistas".

     Seus recursos e meios são bastante regulados e taxados, gerando um sistema mais equilibrado e estável, muito pouco sensível as oscilações deste "deus" chamado mercado.

     E sobre este equilíbrio, não faz diferença a extensão territorial do estado, mas a vontade e a disposição política dos governantes.

     Você não precisa gostar de política, mas é fundamental que esteja informado sobre ela, pois da sua informação e/ou interesse, desinformação  e/ou desinteresse é que vão surgir as políticas que afetarão diretamente e indiretamente sua vida e seu modo de vida.